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“EXAMINAI TUDO. RETENDE O BEM”.
1 TESSALONICENSES: 5.21
- As diversidades
- A distribuição dos dons
- A palavra da sabedoria e a palavra da ciência
- A fé e os dons de curar
- Os outros dons
CREMOS, professamos e ensinamos que os dons do Espírito Santo são atuais e presentes na vida da Igreja. O batismo no Espírito Santo é um dom: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38) e é para todos os crentes: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39); mas os dons do Espírito Santo, ou “espirituais” na linguagem paulina: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1) são restritos. 1 Esses dons são capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). São recursos sobrenaturais do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus,2 enquanto a Igreja estiver na terra, pois, no Céu, não precisaremos mais deles.3 É por meio da Igreja que o Espírito Santo manifesta ao mundo o poder de Deus,4 usando os dons espirituais. Eles são dados à Igreja para sua edificação espiritual,5 seu conforto e seu crescimento espiritual.6 Os dons espirituais são vários, e nenhuma lista deles no Novo Testamento pretende ser exaustiva; e nem mesmo existe a expressão “estes sãos os dons espirituais”. Em Romanos, aparece uma lista deles,7 mas não são os mesmos da lista dos nove dons,8 exceto o dom de profecia, que aparece em ambas as listas. Há outra lista que repete os dons de variedade de línguas e os dons de curar.9
1. As diversidades. São três as classes de manifestações dos dons espirituais: diversidade de dons, diversidade de ministérios e diversidade de operações. A diversidade de dons tem sua origem no Espírito Santo: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1 Co 12.4). A diversidade de ministérios ou serviços tem sua fonte no Senhor Jesus: “E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (1 Co 12.5); e as operações ou atividades vêm de Deus: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Co 12.6). O termo “Deus” vem em grego acompanhado do artigo que mostra ser uma referência a Deus Pai. Cada pessoa da Trindade desempenha um papel essencial na manifestação dos dons. É uma diversidade na unidade, assim como adoramos um só Deus em trindade e trindade em unidade. Os termos “dons”, “ministérios” e “operações” estão associados a cada pessoa da Trindade; contudo, é o Espírito Santo quem opera todas as coisas: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11).
2. A distribuição dos dons. Os dons espirituais são poderes sobrenaturais do Espírito para que a Igreja atue como um todo no mundo; são concessões da graça do Espírito conforme a medida da fé de cada um: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé” (Rm 12.6). Os dons são distribuídos pelo Espírito para o perfeito funcionamento da Igreja, que é o corpo espiritual de Cristo: “Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular” (1 Co 12.27). Na diversidade, cada dom é concedido para o que for útil.10 Eles não são atestados pessoais de santidade que induzem as pessoas a acreditar que são mais santas ou mais espirituais que outras; também não transformam as pessoas em superespirituais, nem as tornam melhores ou superiores a outros crentes; não são para exibição ou superioridade particular no seio da Igreja, mas são para a glória de Deus.11 Nenhum dom individualiza qualquer crente, porque o mérito será sempre do Senhor. Os dons fortalecem a unidade da Igreja, promovendo a comunhão dos membros do corpo de Cristo: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1 Co 12.12). O corpo humano possui muitos membros, todos eles indispensáveis para o seu perfeito funcionamento. Cada cristão é parte integrante da Igreja e tem uma função a realizar. Nenhum membro tem utilidade fora do corpo. Cremos que um membro não se isola no corpo, mas faz parte de uma multiplicidade que o torna indispensável.
3. A palavra da sabedoria e a palavra da ciência. A lista em 1 Coríntios 12.8-10 começa com esses dons: “Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência” (1 Co 12.8). O dom da sabedoria é um recurso extraordinário proveniente do Espírito Santo, cuja finalidade é a solução de problemas igualmente extraordinários. Como dom espiritual, é uma espécie de sabedoria dada por Deus.12 É a capacitação do Espírito Santo na vida da Igreja para orientação e conselho aos crentes sobre dificuldades, cuja solução está fora do seu alcance no dia-a-dia da igreja, 13 no trato com as pessoas descrentes 14 e na pregação do evangelho.15 A palavra do conhecimento ou da ciência diz respeito ao conhecimento das coisas de Deus.16 Esse dom consiste em uma ciência manifestada unicamente pelo Espírito Santo: “como me foi este mistério manifestado” (Ef 3.3), pelo qual podemos saber,17 compreender e, assim, conhecer18 aquilo que, pelo entendimento humano, jamais poderíamos alcançar.19
4. A fé e os dons de curar. Em seguida, aparecem mais dois dons: “e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar” (1 Co 12.9). O dom da fé20 distingue-se da fé salvífica21 e da fé como o fruto do Espírito; 22 trata-se de uma fé especial usada num momento específico.23 Quanto aos dons de curas, são manifestações do poder do Espírito Santo que operam de maneira multiforme para cura de doenças e enfermidades do corpo, da alma ou psicossomáticas, sempre concedidas pelo Espírito Santo à pessoa que irá ministrá-la, pois é Deus quem cura 24 e somente a Ele pertence a glória.25
5. Os outros dons. A lista chega ao seu fim com os seguintes dons: “e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas” (1 Co 12.10). A expressão “operação de maravilhas” está no plural em grego e significa “obras poderosas” ou “de poder”, o que sugere grande variedade de milagres. O milagre já é, em si mesmo, a intervenção divina na ordem natural das coisas, mas aqui diz respeito a sinais poderosos e extraordinários.26 O dom de profecia é diferente da profecia anunciada pelos profetas do Antigo Testamento. A revelação canônica já se encerrou,27 mas Deus continua a falar por meio da Bíblia. 28 O Senhor proveu outros recursos por meio dos quais se comunica com os seres humanos, dentre eles o dom de profecia,29 como manifestação momentânea do Espírito Santo na vida de qualquer crente batizado no Espírito Santo. O seu objetivo é a “edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3). Por meio desse dom, o Senhor continua comunicando-se com seus servos e servas de forma individual, mas a profecia decorrente do dom não serve de fonte de autoridade, como a dos profetas e dos apóstolos bíblicos, pois é possível alguém ampliar a mensagem sem autorização do Espírito, sendo, inclusive, passível de julgamento: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29); “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (1 Co 14.32). O dom de discernir os espíritos é um recurso do Espírito Santo contra as falsificações dos demônios.30 A expressão “discernir os espíritos” está no plural em grego, como acontece com os dons de curar e de operação de maravilhas, pois esse dom pode manifestar-se de várias maneiras. A essência das línguas como evidência inicial do batismo no Espírito Santo é a mesma do dom de variedade de línguas. A diferença entre dom e sinal está na função. A variedade de línguas é manifestada na oração particular para edificar o crente individualmente;31 na oração pública, a edificação é geral; nesse caso, há necessidade do dom de interpretação de línguas.32
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1 “Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?” (1 Co 12.29,30).
2 “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7); “aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.27).
3 “O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado” (1 Co 13.8-10).
4 “Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).
5 “Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12).
6 “O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação. E, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando línguas estranhas, que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?” (1 Co 14.4-6).
7 “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.6-8).
8 “Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas” (1 Co 12.8-10).
9 “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28).
10 “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7).
11 “E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12).
12 “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória” (1 Co 2.7).
13 “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At6.2,3).
14 “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5).
15 “A quem anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl 1.28).
16 “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento” (1 Co 1.5); “Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nessa graça” (2 Co 8.7).
17 “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder” (Ef 1.17-19).
18 “Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18,19).
19 “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2.9,10).
20 “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” (1 Co 13.2).
21 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).
22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22).
23 “E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram” (At 3.4-7).
24 “Enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus” (At 4.30).
25 “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura” (Is 42.8); “Por amor de mim, por amor de mim, o farei, porque como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem” (Is 48.11).
26 “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão […], de sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles” (At 5.12,15); “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam” (At 19.11,12).
27 “E, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo” (1 Co 15.8).
28 “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb
4.12); “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).
29 “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão” (At 2.17,18).
30 “Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (At 16.17,18).
31 “O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4).
32 “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação” (1 Co 14.5).
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